Pesquisa aproxima Banda Batidão e Cumbia.
Para pesquisador colombiano, música cantada por paraense tem tudo a ver com ritmo e estão mais próximos.
Com um nome um tanto diferente, inspirado em um antigo imperador
Inca, Ata Wallpa é um músico e pesquisador apaixonado pelos ritmos
populares marginais da América Latina. De ancestralidade colombiana,
nacionalidade equatoriana e há sete anos morando na Argentina, ele
chegou à cidade de São Paulo, onde começou a fazer conexões teóricas e
musicais entre a cumbia hispano-americana e o brega brasileiro,
incluindo o tecnobrega, originário do Pará.
“Antes da minha chegada a São Paulo, eu não tinha a mínima ideia do
que era música paraense, mas, quando cheguei lá, comecei a ir às festas
neotropicalistas e acho que a primeira vez que escutei música mesmo do
Norte foi já uns dois anos depois. Acho que era Alípio Martins,
‘Piranha’ (música de sucesso cantor paraense). Depois descobri Dona
Onete e achei incrível o tipo de harmonia que eles fazem. Só depois
conheci o tecnobrega”, relembra Ata Wallpa.
O músico está em Belém há cerca de duas semanas e fala de seu
interesse por estas conexões, que o têm levado a gravar canções com o
Sonora Digital, dueto de música tropical eletrônica com forte mistura
hispano-nortista, que ele forma com o DJ e produtor Nirso, de São Paulo.
Ele conta ainda que os próprios DJs paulistas costumam levar músicas
paraenses para seus repertórios. “Lá tem galera que se amarra mesmo na
música paraense”, diz ele.
(Diário do Pará)
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